terça-feira, 30 de julho de 2013

A Ser+ Associação Portuguesa ...e o uso do preservativo!

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A Ser+ Associação Portuguesa para a 

Prevenção e Desafio à Sida 

está a alertar para o perigo de não se usar preservativo lembrando o calor e as férias. 

Com o mote: 



"Ser+ cauteloso, 

use a cabeça pois o verão está ai" 

dá diversos conselhos. 

Informa sobre o uso correto e incorreto de colocar o preservativo e informa a importância de convencer um parceiro que não quer usar preservativo.



Uso incorreto:

• Colocação tardia;
• Remoção precoce;
• Desenrolar incompleto do preservativo;
• Armazenamento incorreto;
• Reutilização;
• Desenrolar do preservativo antes de o aplicar no pénis;
• Não deixar espaço para a acumulação de sémen;
• Aplicação do avesso com remoção seguida de nova aplicação;
• Exposição do preservativo a objetos cortantes (como os dentes) durante a remoção do invólucro;
• Não garantir a integridade do preservativo antes da utilização.



Uso correto:

• Utilizar um preservativo por cada ato sexual;
• Colocar o preservativo logo que ocorra a ereção e antes de qualquer contacto sexual (vaginal, anal ou oral);
• Segurar a extremidade do preservativo e desenrolá-lo ao longo do pénis ereto, deixando espaço na extremidade do preservativo, evitando que se acumule ar;
• É importante uma lubrificação adequada, mas deve-se utilizar apenas lubrificantes à base de água nos preservativos de látex. Lubrificantes à base de óleo, como a vaselina, creme de limpeza, creme para as mãos ou óleo para bebé podem enfraquecer o preservativo de látex e não são recomendados;
• Retirar o pénis do interior do/a parceiro/a imediatamente após a ejaculação segurando firmemente o preservativo para impedir que deslize.



Como é que eu posso convencer o meu parceiro 

a usar o preservativo?

Pode ser difícil falar sobre preservativos, falar com o nosso parceiro sobre usar um preservativo, pode ser ainda mais difícil. 
Mas, a verdade, é que não se pode deixar pelo embaraço e colocar a sua saúde em risco. 
A pessoa em que está a pensar ter relações sexuais pode não concordar à primeira quando lhe disser que quer que ele use o preservativo enquanto tiverem contacto sexual.



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Exposição prolongada aos raios UVA e UVB pode causar lesões oculares!

Exposição prolongada


aos raios 


UVA e UVB


pode causar lesões oculares

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"O sol é o grande responsável pela vida no planeta Terra, mas as suas radiações podem ser perigosas para a saúde dos nossos olhos, se não forem tomadas as devidas precauções", 
salienta Vítor Leal, oftalmologista do Hospital de São João, no Porto.



"O principal perigo é a radiação ultravioleta (UV), raios invisíveis da energia solar que também são produzidos por fontes artificiais como a soldadura elétrica, os solários e o laser"
, refere.

O médico indica que mais de 99% da radiação UV que atinge os nossos olhos é absorvida pelas estruturas anteriores que formam os olhos, no entanto, parte dessa radiação atinge o segmento posterior do olho, podendo danificar a retina.
"A exposição prolongada aos raios UVA e UVB pode causar lesões nos olhos, colocando em risco a visão", adverte.

Vítor Leal explica que quanto mais energética for a radiação (ou seja, quanto menor for o comprimento de onda) maior a lesão causada na estrutura ocular. Por esta razão, indica:

"as radiações UV são mais nocivas do que a luz nos comprimentos de onda visível e infravermelha (IV)". 
Um outro fator que diferencia as lesões causadas pela radiação UV é que a sua perceção não é imediata.

"Enquanto a radiação IV se manifesta na forma de calor e a luz visível pode ser visualizada, a radiação UV não provoca nenhuma reação que desperte algum dos sentidos do ser humano."

A exposição, sem proteção, a quantidades excessivas de radiação UV por curtos períodos de tempo pode causar uma ceratite que, explica:

 "é como se fosse uma 'queimadura' da córnea, causando dor, hiperemia, lacrimejo, fotofobia e sensação de areia nos olhos".

 Nas suas palavras: 

"felizmente, esta patologia é geralmente temporária e raramente causa lesões permanentes nos olhos".

Por sua vez, menciona:

"a exposição prolongada, mesmo com pequenas quantidades de radiação UV, aumenta a probabilidade de desenvolvermos cataratas (opacificação do cristalino), pterígio, carcinomas palpebrais e lesões na retina (degenerescência macular)".

O que fazer para nos proteger?
De acordo com Vítor Leal, a radiação solar chega aos olhos de forma direta e indireta (radiação difusa). A segunda forma é ainda mais importante no caso da radiação UV.

O especialista adverte para a importância de evitar a exposição solar, principalmente quando o tamanho da nossa sombra é menor do que o nosso tamanho real (entre as 11.00 h e as 16.00 h).

É ainda aconselhável o uso de chapéu e óculos escuros de boa qualidade, que ofereçam proteção adequada aos olhos:

 "não apenas durante o verão, mas ao longo de todo o ano".

Texto publicado no Jornal Médico, N.º 5, julho 2013

domingo, 28 de julho de 2013

Saltar o pequeno-almoço: NÃO!

Estudo publicado na revista “Nature Medicine”


Saltar o pequeno-almoço 

aumenta risco de 

doença coronária

 Atenção amigas/os, pois são aos milhares as 

pessoas que saltam esta refeição, 

TÃO IMPORTANTE

Os homens que não tomam o pequeno-almoço apresentam um maior risco de sofrerem um enfarte agudo do miocárdio ou morte devido a doença coronária. 
O estudo publicado na revista “Circulation: Journal of the American Heart Association” 
refere que saltar a refeição da manhã ou fazer uma refeição demasiado tarde à noite, pode causar efeitos metabólicos adversos que conduzem à doença coronária.
Neste estudo os investigadores da Escola Pública da Universidade de Harvard, nos EUA, contaram com a participação de 26.902 homens, que tinham entre 45 e 82 anos, os quais foram submetidos a um questionário e acompanhados ao longo de 16 anos.
O estudo apurou que:

os homens que não tomavam pequeno-almoço 

tinham um risco 27% maior de ter um enfarte agudo do miocárdio ou

morrer de doença coronária, comparativamente com aqueles que ~

faziam esta refeição. 
Os homens que não comiam ao pequeno-almoço eram mais jovens, fumadores, tinham um emprego a tempo inteiro, não eram casados, eram fisicamente menos ativos e bebiam mais álcool.
Os investigadores também observaram que: 

os homens que comiam mais tarde no decorrer da noite, 

ou que ingeriam alimentos depois de ir para a cama, 

apresentavam um risco 55% maior de doença coronária, 

comparativamente com aqueles que não o faziam. 
Contudo, os autores do estudo referem que estão pouco convencidos que este facto seja um problema de saúde pública importante pois poucos homens adotaram este tipo de comportamento. 
Foi ainda verificado que estes resultados persistiram mesmo quando 

foram tidos em conta fatores como dieta adotada, atividade física e 

tabagismo.
“Saltar o pequeno-almoço pode conduzir a um ou mais fatores de risco, incluindo obesidade, pressão arterial elevada, elevados níveis de colesterol e diabetes, os quais podem conduzir ao enfarte agudo do miocárdio ao longo do tempo”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Leah E. Cahill.
“O nosso grupo de trabalho despendeu vários anos a estudar os efeitos da qualidade e da composição da dieta na saúde, sugerindo que os hábitos dietéticos podem ser importantes para diminuir o risco de doença coronária “, acrescentou um outro autor do estudo, Eric Rimm.
Leah E. Cahill aconselha assim que não se deve deixar de tomar o pequeno-almoço. 
O investigador acrescentou ainda que 

“a incorporação de vários tipos de alimentos saudáveis ao pequeno-almoço é uma 
forma fácil de assegurar que esta refeição irá fornecer a energia necessária 
e um equilíbrio saudável de nutrientes, 

como proteínas, hidratos de carbono, vitaminas e minerais. 
A adição de frutos secos e fruta a uma taça de cereais integrais 

pode ser uma boa forma de começar a manhã”.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

Prevenção rodoviária nas praias

Prevenção rodoviária nas praias

verao 77ef6"Verão também é prevenção!" é o nome de uma campanha que arranca no dia 30 na Baía de Cascais. 
Vai decorrer noutras praias até ao dia 18 de agosto e pretende promover comportamentos e atitudes responsáveis e cívicos, bem como potenciar visões e sensações reais sobre situações críticas na estrada.

Nesta campanha organizada pela Fundação Mapfre, as pessoas terão acesso a um simulador de capotamento e um simulador de colisão, bem como um teste de equilíbrio e destreza num circuito de obstáculos. 
A ação decorre entre as 21h00 e as 01h00, pois o público-alvo são os jovens que frequentam as principais zonas de animação noturna das zonas balneares selecionadas.

No local será também possível medir os níveis de álcool no sangue dos participantes, através de testes de alcoolemia. 
Em função dos respetivos resultados é entregue uma pulseira que distingue entre três situações: 
Eu sou o Comandante: 0 no teste; 
Estou no limite: 0,50 g/l; 
Vou à pendura: mais de 0,50 g/l. 

Esta área reforça a necessidade de haver um condutor alternativo, ou seja, aquele que dentro de um grupo de amigos fica responsável por conduzir e que, logo, não deve beber.

Estudos expressos no Plano Nacional para a redução dos Problemas ligados ao Álcool 2009-2012 (PNPA) consideram que a condução sob efeito de álcool continua a ser uma causa essencial de acidentes rodoviários em toda a UE, contribuindo, de acordo com o mesmo relatório, para a morte de pelo menos 17 mil pessoas.

De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) há menos 15% de acidentes rodoviários e menos 22% de mortes nas estradas portuguesas. 
Um relatório da ANSR sobre a evolução dos acidentes e vítimas em Portugal entre 2003 e 2012 conclui que o número de acidentes rodoviários desceu 15% em 2012, em relação a 2010. 
Em 2012, o número de mortos nas estradas portuguesas desceu 22% em relação a 2010. 
O número de feridos totais também diminuiu 17%, visto que em 2012 se registaram 38.250 feridos e, em 2010, contabilizaram-se 46.561 feridos.

Datas


30 – 31 de julho: Cascais – Baía de Cascais
1-2 de agosto: Caparica – Av. General Humberto Delgado (Carolina do Aires)
3-4 de agosto: Setúbal – Av. Luísa Todi (Parque de Estacionamento)
6-9 de agosto: Portimão – Praia da Rocha (Fonte Santa Catarina, na Marina)
10-11 de agosto: Faro – Largo do Carmo
13-14 de agosto: Aveiro – Passeio do Largo do Rossio
15-16 de agosto: Figueira da Foz – Estrada Engenheiro Silva (início da 25 de Abril perto do bar Meeting Point)
17-18 de agosto: Ericeira – Foz do Lizandro

Homens com dificuldades reprodutivas



30 a 80% dos homens 


com dificuldades 


reprodutivas 


têm stress oxidativo

artigo BXP52400 b9b12Calcula-se que entre 30 a 80% dos homens com dificuldades reprodutivas (frequentemente, classificadas de "etiologia idiopática") apresentam níveis excessivos de stress oxidativo, o qual, por indução de alterações espermáticas, dificulta a fecundação e a correta implantação.

"O excesso de stress oxidativo está associado a um dano proteico, peroxidação lipídica, lesão da membrana e a uma fragmentação do ADN espermático", disse Josep L. Ballescà durante uma mesa-redonda, integrada nas XXX Jornadas Internacionais de Medicina da Reprodução, que decorreram no Luso.


Além de todos estes fatores, Josep L. Ballescà acrescentou que os níveis excessivos de radicais livres de oxigénio, ao atuarem negativamente sobre o potencial da membrana mitocondrial -- definida pelo próprio especialista como "a fábrica de energia dos espermatozoides" --, conduzem a um dano espermático, que "poderá traduzir-se num problema de fertilidade".

O responsável da Unidade da Andrologia Reprodutiva do Hospital Universitário Clínico de Barcelona, convidado a participar nesta sessão, lembrou que o stress oxidativo "deriva de um desequilíbrio fisiológico entre as espécies reativas de oxigénio e a ação dos antioxidantes", produzidos pelo organismo para compensar o aumento de radicais livres. 

Quando a presença de antioxidantes no organismo ("moléculas capazes de retardar, prevenir ou evitar o stress oxidativo") é insuficiente para compensar o défice fisiológico, "será necessário recorrer a uma suplementação com antioxidantes exógenos".

Com base no racional de que os antioxidantes poderiam melhorar os parâmetros seminais, foi conduzido um estudo, em Espanha, com um antioxidante desenvolvido especificamente para a infertilidade masculina.

Os resultados finais demonstram que, além da ausência de efeitos adversos indesejáveis, o número de espermatozoides aumentou 29,20% no grupo de tratamento com dose única versus 41,10% no grupo a quem foi administrada uma dose dupla, verificando-se melhorias mais pronunciadas no grupo que prosseguiu o tratamento até aos 6 meses (aumento da contagem espermática de 35,10% em relação ao valor basal) versus 3 meses (aumento de 27,80%).

"Em conclusão, este estudo demonstra um benefício, embora tenha havido uma melhoria ao final de três meses, deve manter-se o tratamento por um período adicional, ponderando-se o eventual aumento da dose." 

Assim, e tendo em conta os dados publicados sobre esta matéria, Josep L. Ballescà concluiu que "os antioxidantes podem ser uma alternativa viável para casais com infertilidade por fator masculino, tanto por alterações da quantidade como da qualidade espermática".

Texto original publicado na revista Women's Medicine, N.º 2, julho 2013


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tiroide e fertilidade



               Tiroide e fertilidade

OliveiraMariaJoao 7e922Em ambos os sexos as hormonas tiroideias representam um papel permissivo importante na função reprodutiva. 

O ciclo ovárico normal da mulher – desenvolvimento folicular, maturação e ovulação, e no sexo oposto o processo de espermatogénese testicular, estão dependentes de uma função tiroideia normal, interferindo esta na síntese e metabolismo das hormonas esteroides e da globulina transportadora destas (SHBG – Steroid Hormone Binding Globulin).


A patologia da tiroide é cerca de oito vezes mais frequente no sexo feminino que no masculino e a disfunção tiroideia afeta mais a fertilidade feminina.

No hipotiroidismo na mulher verifica-se um decréscimo nas hormonas esteroides totais, enquanto as suas frações livres estão elevadas por redução da atividade da SHBG. Há uma redução da resposta da LH à GnRH (Gonadotrophin Release Hormone) e elevação da Prolactina sérica. 

Isto traduz-se na mulher em ciclos menstruais irregulares – oligomenorreia, amenorreia, polimenorreia ou menorragia. 

O hipotiroidismo mais severo pode originar redução da libido e ciclos anovulatórios. Contudo, mesmo o hipotiroidismo subclínico se pode associar a redução da fertilidade quando a fase luteal é inadequada.

Se a mulher com hipotiroidismo consegue engravidar ou se esta patologia está mal controlada durante a gravidez, há um maior risco de aborto do primeiro trimestre, hipertensão gestacional, hemorragia pós-parto, prematuridade, baixo peso do recém-nascido e alterações do desenvolvimento neurológico do filho, nomeadamente défices cognitivos.

Um caso particular é a doença autoimune eutiroideia, em que, apesar da função tiroideia ser normal, os anticorpos antitiroideus estão elevados, representando um aumento do risco de aborto, menor sucesso para a fertilização in-vitro, parto prematuro, morte perinatal e tiroidite pós-parto. 

Não se conhece ao certo a razão para estas complicações, podendo resultar de um ambiente imunológico desfavorável ou de uma menor reserva de hormonas da tiroide.

O hipertiroidismo provoca aumento da SHBG e dos esteroides totais, menor metabolismo do estradiol e maior síntese de estradiol e estrona e, aparentemente, maior resposta das gonadotrofinas à GnRH com maior secreção de LH (embora os pulsos de FSH e LH persistam). 

Até 60% das mulheres com hipertiroidismo têm alterações dos ciclos menstruais e a tireotoxicose está associada a fertilidade reduzida.

Durante a gravidez, o hipertiroidismo condiciona uma maior taxa de complicações: parto pré-termo, ACIU, baixo peso ao nascer, morte in útero, pré-eclampsia, insuficiência cardíaca na mãe e no feto, bócio fetal e hiper (se défice no tratamento da tireotoxicose materna) ou hipotiroidismo fetal (se sobretratamento da mãe com antitiroideus de síntese).

Apesar do rastreio universal da disfunção tiroideia na pré-conceção não ser recomendado por diversas sociedades científicas internacionais, este deve ser efetuado em mulheres com história anterior ou familiar de patologia tiroideia ou doenças autoimunes. 

É obrigatória a determinação da função tiroideia na mulher com irregularidades menstruais, dificuldade em engravidar ou abortos recorrentes, devendo ser realizado o tratamento adequado, caso surja uma patologia tiroideia.

Há menos estudos relativos à função da tiroide na fertilidade masculina. Sabe-se que no sexo masculino a disfunção tiroideia pode originar disfunção sexual, com diminuição da libido ou impotência sexual. 

Todos os estudos relativos às consequências do hipo e hipertiroidismo são concordantes ao afirmar que uma função tiroideia anormal é prejudicial para a espermatogénese. 

A ação das hormonas da tiroide é fundamental para o desenvolvimento pubertário e testicular. É agora aceite que o hipotiroidismo congénito ou numa idade precoce pode afetar negativamente a função reprodutora do homem adulto.

Por último, foram identificados recetores das hormonas da tiroide nas células de Sertoli. Tendo estas células um importante papel na espermatogénese (permitem a nutrição das células germinativas até à formação do esperma), poderá ser esta uma via de influência da tiroide na fertilidade masculina.

Em suma, alterações da função da tiroide têm repercussão significativa na fertilidade da mulher e do homem.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Rastreio visual da criança

Rastreio visual da criança

artigo fhe088 92cd2"Os médicos de família são os primeiros protagonistas do rastreio oftalmológico sistemático, incluído na programação-tipo de atuação em saúde infantil e juvenil." 
A afirmação é de Paulo Vale, oftalmologista e coordenador do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO).


De acordo com o nosso entrevistado, "o primeiro rastreio oftalmológico deve ser realizado na maternidade, logo após o nascimento, sendo limitado ao reflexo vermelho do fundo e identificação de anomalias estruturais. 
Depois disso, deve continuar a fazer parte das observações periódicas da criança levadas a cabo pelo médico de família, sendo as idades chave de observação os 2 e 6 meses e 2, 5 e 10 anos. 
Qualquer alteração ou suspeita no decurso destes exames deve levar à referenciação para Oftalmologia".


Na opinião deste especialista, "é muito importante que os médicos de família estejam familiarizados com os testes e técnicas utilizados em Oftalmologia, nomeadamente na observação do reflexo do fundo ocular (que permite aferir da transparência dos meios (córnea, cristalino e vítreo) e da metodologia da avaliação sumária da função visual nas várias idades chave da avaliação, incluindo a quantificação da AV monocular tão cedo quanto possível (2 a 3 anos)".

O oftalmologista explica que o rastreio visual na criança visa diagnosticar condições suscetíveis de causar baixa de acuidade visual (AV) irreversível. "A importância desse rastreio é tanto maior quanto a sua deteção atempada permite evitar ou tratar, de forma eficaz e simples, a baixa de AV e esse benefício mantém-se por toda a vida", frisa.

Por outro lado, acrescenta, "na idade escolar, após os 6 anos, uma grande parte dos problemas sensoriais ligados ao desenvolvimento da visão é mais dificilmente tratável e frequentemente não se consegue a sua recuperação total".

Paulo Vale refere que o rastreio "é particularmente importante nas crianças de alto risco, nomeadamente, com história de prematuridade, complicações sistémicas perinatais (sépsis, infeção TORCH ou HIV, doenças metabólicas ou neurológicas, traumatismos de parto), bem como com suspeita clínica ou história familiar de catarata infantil, glaucoma congénito, retinoblastoma e doenças genéticas".

E acrescenta: "As crianças que apresentam nistagmo, malformação ocular, sinais e sintomas de glaucoma e leucocória (pupila branca) são também de alto risco."
O especialista adianta que as patologias responsáveis por perda visual na criança "vão desde as mais graves, como a catarata congénita e infantil, o glaucoma congénito e o retinoblastoma, aos problemas visuais relacionados com a prematuridade, as doenças genéticas e metabólicas e, mais frequentemente, o estrabismo, a ambliopia ou 'olho preguiçoso', e problemas refrativos (miopia, hipermetropia e astigmatismo)".

Texto publicado no Jornal Médico, N.º 5, julho 2013

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Alimentação saudável: como incentivar as crianças?

Estudo publicado na revista “Psychological Science”



Alimentação saudável: 

como incentivar 

as crianças?


Os pais adotam diferentes estratégias para convencer os filhos a comer mais vegetais. Um estudo publicado na revista “Psychological Science” sugere que as histórias podem ser a solução para este velho problema.
As crianças têm uma curiosidade natural, elas querem entender por que e como as coisas funcionam, é claro que é necessário simplificar a informação para que estas tenham oportunidade de aprender e desenvolver o raciocínio”, explicaram as autoras do estudo, Sarah Gripshover e Ellen Markman, em comunicado de imprensa.
Neste estudo, as investigadoras da Universidade de Stanford, nos EUA, criaram cinco histórias que tinham como objetivo rever o que as crianças já sabiam sobre os diferentes temas da nutrição, incluindo variedade dietética, digestão, categoria de alimentos, bem como a função biológica destes.
As investigadoras convidaram algumas crianças em idade pré-escolar a ler estas histórias durante o seu lanche, ao longo de três meses, enquanto outras lancharam como habitualmente.
O estudo apurou que as crianças que lerem as histórias tendiam a compreender melhor que os alimentos eram constituídos por nutrientes e que estes eram importantes para várias funções do organismo. Estas tinham também um maior conhecimento sobre o processo digestivo.
Estas crianças também duplicaram, a fim dos três meses, o seu consumo de vegetais, enquanto as crianças incluídas no grupo de controlo continuaram a ingerir a mesma quantidade deste tipo de alimentos.
Na opinião das autoras do estudo, é necessário investigar, em trabalhos futuros, se este tipo de intervenção funciona também fora das horas de refeição e se tem uma eficácia prolongada. Sarah Gripshover e Ellen Markman concluem que esta é de facto uma intervenção promissora.




sexta-feira, 19 de julho de 2013

Rota solidária em prol da luta contra o cancro da mama



Rota solidária em prol da luta contra o cancro da mama

artigo IMG 4751 a3b12Claudia Maccioni e José Ramón Puig "Koke" estão a percorrer a rota #10fronterasfotofurgo. Trata-se de uma viagem solidária com a duração de 3 meses cujo dinheiro angariado, através da ONG Breast Care International, destina-se a garantir esforços na luta contra o cancro da mama.

O objetivo deste projeto é dar visibilidade a uma realidade por que passam muitas mulheres em todas as partes do mundo, nomeadamente em África, sem recursos para a enfrentar. Por isso, na rota está incluída a visita a todos os hospitais Peace&Love com os quais trabalha a ONG Breast Care International. O dinheiro angariado será doado a estes hospitais para ajudar à melhoria e prosperidade das suas ações.

A viagem começou em Barcelona, no passado dia 28 de junho, e vai passar por 11 países no oeste de África. No total, vão ser percorridos 20.000 quilómetros com uma furgoneta VW T3 Syncro.

A Goodyear apoia esta expedição solidária cedendo os pneus Wrangler AT/SA, com a revolucionária tecnologia SilentArmor e oferecendo prestações excecionais tanto na estrada como fora dela.

Siga o projeto #10fronterasfotofurgo:

Testosterona!m e o ZMA ( hormona)



ZMA 

Não Aumenta Força Nem Testosterona!

Agachamento homemZMA e tem sido utilizado por muitos desportistas e amantes da cultura do corpo para ajudar a aumentar os níveis de testosterona e, como tal, aumentar a quantidade de massa muscular e força. Existem alguns estudos que comprovam isso mesmo e aquilo que muitas pessoas não sabem, é que esses estudos foram patrocinados por laboratórios ou empresas que vendem esses mesmos suplementos. A indústria da suplementação é das que mais dinheiro faz e que se sustenta da falsidade que existe nas suas grandes campanhas de Marketing !
Mais à frente vou mostrar estudos independentes que comprovam de facto que isso é tudo uma grande mentira, contada pelas grandes empresas de suplementação. Para quem nunca ouviu falar sobre este suplemento, vou então falar um pouco sobre ele.

ZMA
ZMA é um suplemento muito usado por bodybuilders e atletas. Foi desenvolvido por Victor Conte (fundador BALCO Laboratories em Burlingame, Califórnia) e é uma combinação de zinco, magnésio e vitamina B6. O nome “ZMA” é marca registada pela SNAC System Inc.  Grande parte das lojas de suplementação, descrevem o ZMA como um excelente suplemento, para ganhos de força e aumento de testosterona. Estes argumentos são sempre sobre um estudo que foi feito há muitos anos atrás, em que se concluiu que o ZMA aumentava os níveis de testosterona em  33% e Força em  11,5%. Mas será isso realmente verdade?

Estudos Científicos sobre ZMA

Estudos Favoráveis:
1º Estudo:
Num estudo realizado a jogadores de futebol  da NCAA durante um programa de treino de oito semanas, concluiu-se que aqueles que tomaram os comprimidos ZMA tinham uma  maior força muscular. Este estudo foi financiado pelo SNAC Systems (detentor da patente ZMA), e um dos autores do estudo, Victor Conte, detém uma parte da empresa[1, 2]. Engraçado que os únicos estudos que encontrei sobre os efeitos positivos do Zma sobre testosterona e força, pertencem a Victor Conte.  Será coincidência?
Outros estudos favoráveis:
Outros estudos que as empresas de suplementação usam para publicitarem o ZMA e a sua contribuição na produção de Testosterona,são:  um feito em pacientes de hemodiálise que têm grandes deficiências de Zinco no corpo [3], e o outro  foi na Wayne State University School of Medicine, feito em idosos saudáveis que foram sujeitos a dietas muito restritivas, que os levaram a ficar com deficiências em Zinco no corpo[4]. Conclui-se em ambos os estudos, que a suplementação de Zinco em pessoas com deficiências desse mineral,  aumentava os seus níveis de testosterona no corpo.
As empresas de suplementação pegam nessa conclusão e utilizam-na para vender os suplementos de ZMA. Mas em ambos os casos, temos pessoas que não estão saudáveis ou estão em carência de nutrientes, por isso esse estudo não tem valor  para um atleta normal.

2º Estudo:
Em 2004, um estudo financiado por Cytodyne (outra empresa produtora de suplementos), mostrou que a suplementação com ZMA não teve efeitos significativos sobre a testosterona total e livre, IGF-1, hormona do crescimento e cortisol. Não foram observadas mudanças significativas na força muscular do corpo ou capacidade de sprint. [5]

3º Estudo:
Em 2006, uma equipa de cientistas alemães realizou um estudo sobre o efeito ZMA nos níveis de testosterona no organismo. [6]
Os Resultados que se obtiveram foram os seguintes:
“A suplementação de ZMA fez aumentar significativamente os valores de zinco(P = 0,031) e a excreção urinária de zinco (P = 0,035). PH urinário (P = 0,011) e o fluxo de urina (P = 0,045) também foram elevados nos sujeitos que usaram ZMA. No entanto, não ocorreram alterações significativas nos valores de testosterona total e de testosterona livre em resposta a suplementação com ZMA. Além disso, o padrão de excreção urinária de metabolitos de testosterona não foi alterada de forma significativa.
Conclusões a que chegaram:
Os presentes dados sugerem que a utilização de ZMA não tem nenhum efeito sobre os níveis e metabolismo de testosterona em indivíduos que consomem uma dieta com quantidades de  zinco suficiente
- See more at: http://www.xtrafit.pt/arquivo/1725/2013/07/14/zma-nao-aumenta-forca-nem-testosterona/#sthash.wxAfu1Yt.dpuf

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Entre a vida e a morte: o sexo , a incontinência ...uma próstata com cancro!


Uma nova pesquisa descobriu que quase metade dos homens que passam por cirurgia para tratar câncer de próstata têm mais problemas de incontinência e função sexual do que esperavam.
Antes da cirurgia, alguns homens no estudo tinham esperado obter uma melhor função urinária e sexual um ano após o procedimento – uma crença errônea que os pesquisadores dizem que está fora da realidade da cirurgia de câncer de próstata.
Os médicos urologistas acharam os resultados surpreendentes. Segundo eles, qualquer intervenção feita em um paciente, seja cirúrgica ou radioterapia, nunca tornará a função da pessoa melhor do que no momento presente.
Como parte da nova pesquisa, 152 homens que removeram a próstata para tratamento de câncer preencheram um questionário antes da cirurgia. Antes, eles passaram por aconselhamentos para educá-los sobre os riscos do procedimento, que incluem disfunção erétil e incontinência.
Cerca de metade dos homens esperava que tivessem a mesma função sexual após a cirurgia, e 17% dos homens anteciparam funcionar melhor sexualmente após a cirurgia.
Um ano depois, os pesquisadores acompanharam os pacientes e descobriram que apenas 36% das expectativas dos homens para a função urinária combinava com os resultados verdadeiros, e 40% das expectativas sobre função sexual tinha a ver com a realidade.
Os cientistas explicam que os médicos não são capazes de dizer aos pacientes especificamente quão bem eles recuperarão suas funções urinárias e sexuais. Eles só podem informar as estatísticas globais, mas não as prever para uma certa pessoa.
E, em caso de dúvida, as pessoas tendem a ser esperançosas e otimistas. Expectativas irrealistas podem ser uma faca de dois gumes: por um lado, o otimismo é conhecido por ajudar as pessoas a se curar mais rápido, por outro, pode conduzir a decepção quando se ajusta a uma incapacidade a longo prazo.
Um estudo recente mostrou que, um ano após a cirurgia, apenas um em cada quatro homens recuperou sua capacidade de ter relações sexuais. Em maio, outra equipe descobriu que algum grau de incontinência era comum também, embora os homens tendam a não ficar significativamente incomodados por isso.
A incapacidade de obter uma ereção é um dos efeitos colaterais mais comuns da cirurgia de câncer de próstata, embora alguns homens sejam elegíveis para um procedimento que deixa os nervos que controlam as ereções intactos.
Os pesquisadores sugerem que uma rede de contatos com homens que passaram pela experiência e podem apoiar novos pacientes com câncer ajudaria a compreender as realidades da vida após a cirurgia.
O envolvimento dos parceiros dos pacientes também é vital para o sucesso em recuperar relações sexuais. Sexo é uma atividade para dois. O parceiro pode ser muito eficaz como parte de uma equipe íntima na recuperação dos efeitos colaterais dessa cirurgia.
Apesar das desvantagens, os cientistas acreditam que poucos homens optam por não fazer a cirurgia, mesmo se compreenderem inteiramente os potenciais riscos como a disfunção erétil, já que existem outros perigos relacionados ao câncer, razões mais fortes que levam a sua decisão final.




CONSUMO DE FRUTAS E LEGUMES, aumentam LONGEVIDADE


Estudo publicado no “American Journal of 

Clinical Nutrition”

Consumo de frutas 

e vegetais 

aumenta longevidade


O consumo de cinco porções de fruta e vegetais influencia a longevidade, sugere um estudo publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”.
Neste estudo os investigadores do Instituto Karolinska, na Suécia, decidiram analisar a associação entre o consumo diário de diferentes quantidades de fruta e vegetais e o tempo e data das mortes, numa população 71.076 suecos, os quais tinham preenchido questionários completos sobre a sua alimentação.
Os participantes, que foram acompanhados ao longo de 13 anos, tinham entre 45 e 83 anos e metade deles eram homens. Durante o período de acompanhamento morreram 11.500 indivíduos.
Após terem analisado os resultados, os investigadores constataram que o consumo de menos de cinco porções de fruta e vegetais por dia estava progressivamente associado a uma menor longevidade e uma maior taxa de morte, comparativamente com o consumo de cinco ou mais porções destes alimentos. Quanto menos frutas e vegetais comiam, menor era longevidade dos participantes.
Os participantes que nunca comiam este tipo de alimentos tinham em média uma redução de três anos na sua longevidade, e um risco 53% maior de morrerem durante o período de acompanhamento, em comparação com aqueles que consumiam cinco porções ou mais de fruta e vegetais por dia.
Quando os investigadores tiverem em consideração fatores como o índice de massa corporal, a prática de exercício físico e o tabagismo, os resultados não variaram muito. Através da análise do consumo de frutas e vegetais separadamente, foi verificado que quem nunca comia fruta vivia, em média, 19 meses menos do que aqueles que consumiam uma porção diária. Aqueles que consumiam três porções de vegetais diários viviam, em média, mais 32 meses do que aqueles que não consumiam este tipo de alimentos.
O estudo refere ainda que, de acordo com a organização mundial de saúde, os adultos deveriam consumir um mínimo de 400g de fruta e vegetais por dia.

FIBROMIALGIA



Fibromialgia: 

identificada base biológica racional


A fibromialgia não é uma doença psicossomática e tem uma base biológica racional que está localizada na pele, sugere um estudo publicado na revista “Pain Medicine”.
A fibromialgia é uma doença altamente debilitante, caracterizada por dor generalizada nos tecidos profundos, sensibilidade nas mãos e pés, fadiga, distúrbios do sono, e declínio cognitivo. Uma vez que os testes de rotina não têm sido capazes de detetar a natureza biológica da dor e o diagnóstico é baseado na classificação subjetiva da dor pelo paciente, a verdadeira natureza da doença tem levantado muitas questões.
Ao longo de muitos anos acreditava-se que esta doença era de origem psicossomática, resultante da imaginação dos pacientes. 
O tratamento atual, que fornece apenas um alívio parcial da dor, atua no cérebro, onde foi constatado, através de técnicas imagiológicas, uma hiperatividade de origem desconhecida.
Contudo, até à data, a causa subjacente da doença ainda não tinha sido determinada, o que deixava os médicos com algumas dúvidas sobre a verdadeira origem da doença ou mesmo até da sua existência.
Mas agora os investigadores do Integrated Tissue Dynamics LLC forneceram uma prova biológica para esta doença enigmática. 
Foi verificado que havia uma patologia neurovascular periférica única que estava consistentemente presente na pele de mulheres com fibromialgia, a qual pode justificar a presença dos sintomas.
Esta patologia consiste na presença de um excesso de fibras nervosas em torno de estruturas especializadas dos vasos sanguíneos localizados nas palmas das mãos.
 “Esta descoberta fornece evidências concretas de uma patologia específica da fibromialgia, que agora pode ser utilizada para diagnosticar a doença, sendo também um novo ponto de partida para o desenvolvimento de terapias mais eficazes”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Frank L. Rice.
O investigador acrescentou ainda que “pensávamos que estas terminações nervosas estavam apenas envolvidas no fluxo sanguíneo, mas agora há evidências estas podem também contribuir para sensação consciente do toque e também da dor.