quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Adeus CIGARROS


Adeus cigarros

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Abandonar o vício de fumar leva o seu tempo, é difícil e, até ser concretizado, podem vir a falhar algumas tentativas. 
Mas compensa a vários níveis. 
Além de ser benéfico para a carteira, são recuperados anos de vida e é diminuído o risco de desenvolver doenças como o cancro do pulmão.



Os fumadores têm a esperança média de vida menor comparativamente com a dos não fumadores. 
As pessoas que não fumam podem achar que é fácil abandonar o tabagismo. Erradamente, pois, embora possível, não é tarefa fácil. 
A força de vontade e determinação são essenciais mas também, nalguns casos, o recurso a produtos de suporte para deixar de fumar.

Associada à diminuição da esperança média de vida juntam-se outras consequências deste hábito. Por exemplo, o tabaco aumenta do risco de desenvolver cancro do pulmão. 
Vários estudos comprovam que o fumo do tabaco, como agente isolado, é a principal causa deste tipo de cancro: o fumador tem um risco isolado 20 vezes superior ao do não-fumador. 
Estão, porém, envolvidos fatores como o número de cigarros fumados por dia, a duração do hábito, o início precoce, o teor de alcatrão e nicotina e a presença ou não de filtro.

A tosse persistente é a manifestação mais comum do cancro do pulmão, mas podem ocorrer sintomas como dispneia (dificuldade em respirar), fadiga, falta de apetite, expetoração com sangue ou mal-estar geral. 
A sintomatologia de uma pessoa com esta doença pode refletir a localização pulmonar, mas muitas vezes traduz já uma disseminação sistémica.

Deixar de fumar é, pois, essencial para prevenir o aparecimento deste carcinoma e está ao alcance de qualquer fumador. 
Foram aliás definidas e implementadas diversas medidas, aos níveis educativo, ambiental e da saúde, que visam promover um País sem tabaco, logo mais saudável. A título de exemplo, a lei antitabaco que proíbe o fumo nos recintos fechados.

Agir depois de decidir
Decidir abandonar o vício é um passo. Outro passo será avançar para a escolha do melhor método, e depois resta aplicar. 
Não é fácil, até porque o candidato a ex-fumador pode vir a sofrer de síndrome de abstinência à nicotina. De notar que a dependência é física e psíquica.

A escolha do método mais adequado é fundamental e, para tal, é recomendável que o fumador obtenha aconselhamento junto de um médico ou farmacêutico.

Afinal, existem diversos métodos e programas de cessação tabágica, entre os quais os promovidos pelas farmácias. 
O importante é tomar uma decisão consciente e firme. As expectativas podem não ser superadas pela positiva se a decisão for precipitada e tomada de "ânimo leve".

Para além de se pedir aconselhamento a profissionais, tanto melhor se se envolverem familiares, amigos e colegas de trabalho, pois podem dar um apoio importante no sentido de ultrapassar as dificuldades que possam surgir durante todo o processo de cessação tabágica.

Benefícios a longo prazo
A American Cancer Society elaborou uma listagem em que aponta os benefícios de deixar de fumar numa linha temporal, que começa após 20 minutos e atinge os 15 anos.

> Depois de 20 minutos: A pressão arterial e os batimentos cardíacos descem.
> Depois de 8 horas: os níveis de oxigénio voltam ao normal.
> Depois de 12 a 24 horas: os níveis de monóxido de carbono retornam a valores normais.
> Depois de 24 horas: O paladar e o olfacto começam a melhorar.
> Depois de 72 horas: respirar torna-se mais fácil.
> Depois de 2 semanas a 3 meses: A circulação de sangue aumenta e a função pulmonar melhora.
> Depois de 1 a 9 meses: A tosse e os problemas respiratórios diminuem.
> Depois de 1 ano: O risco de sofrer de um enfarte desce para metade, quando comparado com um fumador.
> Depois de 5 anos: O risco de ataque cardíaco desce para metade, assim como de ter cancro da boca, garganta e esófago. Ao fim de 2 a 5 anos, o risco de ter um acidente vascular cerebral retorna ao de um não-fumador.
> Depois de 10 anos: O risco de cancro do pulmão desce para metade, quando comparado com o de um fumador.
> Depois de 15 anos: O risco de enfarte fica igual ao de quem nunca fumou.
Fonte: American Cancer Society

Rotinas que ajudam
Decidir deixar de fumar requer muita disciplina, sendo essenciais algumas rotinas. A saber:

> Fixe um dia para deixar de fumar. O estabelecimento de uma data ajuda a criar um sentimento de compromisso.
> Anuncie aos outros a sua decisão. Envolver os que lhe são mais próximos garante-lhe apoio e solidariedade.
> Identifique os seus hábitos tabágicos. Saber em que circunstâncias fuma habitualmente permite-lhe criar estratégias para contorná-las.
> Elabore uma lista de motivos para deixar de fumar e releia-a sempre que pensar em desistir.
> Aprenda a reagir à vontade de fumar. Os momentos em que sente grande desejo de voltar a fumar duram apenas alguns minutos.
> Faça uma alimentação saudável. Se a sua preocupação é o ganho de peso associado ao abandono do tabaco, procure substituir as gorduras, o açúcar e os alimentos ricos em sal por saladas, frutas e legumes.
> Tente evitar a proximidade de fumadores, bem como dos cigarros e de todos os objetos relacionados com o hábito de fumar.
> Pratique atividade física. Não só contribui para uma boa forma física, como ajuda a combater a ansiedade e as alterações de humor próprias do processo.
> Guarde diariamente, num local visível, o dinheiro que teria gasto em tabaco e ofereça a si próprio uma prenda que deseje há muito tempo.
> Se não conseguir à primeira, nada está perdido. A recaída pode fazer parte do processo de mudança. Marque uma nova data e volte a tentar.
Fonte: Portal da Saúde


Texto original publicado na revista Farmácia Mais Saúde, setembro 2013


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A gravidez na adolescência



A gravidez na adolescência

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A promoção da saúde e a prevenção da doença são ferramentas essenciais nos cuidados de saúde primários, na qual as UCC (Unidades de Cuidados na Comunidade) têm um papel preponderante.


As políticas de saúde têm investido muito pouco nestas duas vertentes, apostando antes no tratamento e na reabilitação. 

As consequências destas políticas, aliadas ao contexto económico da atualidade, têm sido o aumento da prevalência de algumas doenças e o aumento de situações problemáticas, entre elas, a gravidez na adolescência, acompanhada de perturbações psicológicas.

Gravidez na adolescência define-se, segundo a OMS, como a gestação que ocorre entre os 10 e os 19 anos de idade e tem preocupado profissionais de saúde do mundo inteiro, especialmente pelas implicações biológicas e psicossociais para a mãe adolescente e para o seu filho.

Há que investir nos nossos jovens, dando atenção redobrada aos provenientes de meios desfavorecidos, famílias não nucleares, com insucesso escolar, com hábitos de dependência, idade menor da menarca, ausência de contraceção, irregularidade menstrual e jovens com excesso de peso. 
Promovendo uma adolescência saudável repleta de relações afetivas saudáveis, envoltas em amizade, respeito, autoestima e carinho.

Temos que chegar até eles nas consultas de saúde infantil, nas escolas (no atendimento individual dos adolescentes, nas sessões e nos debates em grupo) e nos bairros de risco, através da formação de pares. 
É necessário dar primordial atenção às jovens.

O acompanhamento destas adolescentes e dos seus filhos provoca o desgaste das famílias de suporte, aumentando os gastos na saúde, no seu acompanhamento.

Há que investir no suporte às estruturas 

familiares, nomeadamente as novas tipologias 

familiares, ajudando os pais a compreender as 

necessidades dos seus filhos, reforçando o 

diálogo entre os mesmos.

Perante uma adolescente grávida e a sua 

família, há que lhe proporcionar um 

acompanhamento multidisciplinar, com o 

objetivo de minimizar possíveis consequências 

negativas.


Susana Santos, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria, Unidade de Cuidados na Comunidade Seixal

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pelos fios do seu cabelo

Pelos fios do seu cabelo

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Moldura do rosto e adorno natural, os cabelos são símbolo de sensualidade para muitas mulheres e de virilidade para muitos homens. 
Podem, no entanto, sofrer agressões que lhes retiram vitalidade, cor ou até mesmo a existência.


O aspeto físico é fundamental quer a nível social quer profissional. Imprescindível na formação de uma primeira impressão, se cuidado causa uma imagem positiva aos demais. 
O desmazelo não é bom companheiro e no que toca ao cabelo é desde logo notado. 
É, portanto, essencial cuidar do cabelo tal como se faz com outras zonas do corpo, afinal é a moldura do rosto e um aspeto fundamental na aparência global. 
São os cuidados diários que contribuem para o aspeto cuidado e saudável, prevenindo o aparecimento dos mais variados problemas, como a queda de cabelo.

O couro cabeludo, tal como a pele, é composto por três camadas sobrepostas: do exterior para o interior temos a epiderme, derme e hipoderme. No entanto é mais resistente e espesso que a pele de outras zonas do corpo. 

O filme hidrolipídico, é composto por duas fases - aquosa e oleosa -, está presente na superfície da camada córnea (a camada mais extrema da epiderme) e assegura a coesão e a elasticidade das células.

Todavia, os cabelos estão à mercê de agressões externas, como sejam o vento, o sol, o cloro ou os produtos capilares desadequados; mas também de agressões internas como o stress, a fadiga ou outros problemas de saúde. Estas agressões podem conduzir à diminuição do filme hidrolipídico e à lesão das escamas que compõem a cutícula capilar. 

Consequentemente dá-se a perda de brilho, de volume e de vigor. A título de exemplo, os cabelos loiros assumem uma tonalidade idêntica à da palha e os cas-tanhos ficam "ruços".

Prevenir as agressões

Para evitar os efeitos das agressões causadas pelos mais variados agentes, há que prevenir. Como? Usar os produtos mais indicados a cada tipo de cabelo é meio caminho andado. 
Também se deve escovar, cortar e manter os cabelos limpos. 

É ainda importante a utilização de produtos que ajudam a fortalecer a cabeleira, sempre que esta se encontra fraca, e agir rapidamente se aparecer caspa ou ao primeiro sinal de queda de cabelo (alopecia), afinal existem várias soluções no mercado.

No que diz respeito à queda de cabelo, nada de alarmismos. 
Considera-se alopecia quando se perde mais de 100 cabelos por dia (por dia perdemos em média 50 a 100 cabelos, os quais são substituídos por novos). 
Além disso, a vida dos cabelos também é influenciada pela luz solar (e consequentemente pelo ritmo das estações), pelo estado hormonal ou por algumas doenças.
Durante a Primavera e o Outono a queda de cabelo é habitualmente mais acentuada. 
No Verão, as agressões provocadas pela água do mar, cloro da piscina e excessiva exposição solar também danificam o cabelo, podendo também contribuir para a sua queda.

Causas da queda de cabelo

Existem diferentes tipos de alopecia, que têm origem em causas distintas. A alopecia androgenética afeta principalmente o sexo masculino e é a mais comum. 
Pode ter início entre os 18 e os 20 anos mas também pode começar mais tarde, mas existem tratamentos tópicos e sistémicos para a sua prevenção e tratamento. 

Pode também ocorrer nas mulheres, sendo menos frequente e, por norma, está associada a alterações hormonais e fatores genéticos.
Existem outros tipos de alopecia, nomeadamente a congénita (desde a nascença existe ausência de cabelo), a de tração (traumatismo causado pelo uso excessivo de rolos, elásticos, escovas, instrumentos alisadores de cabelo e penteados excessivamente "puxados"), a cicatricial (devida a doenças da pele), a areata (que é uma doença autoimune) ou a transitória (ocasional). 

Pode igualmente ser provocada por febre elevada, tratamentos médicos, como por exemplo a quimioterapia ou causada por doenças como a diabetes e o lúpus.
Quando há suspeita de uma doença, há que procurar ajuda junto de um especialista. 

Se consultar um dermatologista, por exemplo, este deverá fazer um exame cutâneo completo. Se o médico especialista conseguir detetar precocemente uma doença do couro cabeludo, tanto melhor. 

Contudo, é preciso ter em conta que o efeito da terapêutica pode demorar vários meses.

Texto original publicado na revista Farmácia Mais Saúde, setembro 2013


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Óvulos induzidos em mulheres inférteis





2013-10-03
Estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”

Desenvolvimento 

de óvulos 

induzido em mulheres inférteis


Investigadores desenvolveram uma técnica, denominada por ativação in vitro, capaz de induzir os ovários de algumas mulheres inférteis a produzir óvulos, dá conta um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
As mulheres nascem com cerca de 800.000 pequenos folículos primordiais. 
A maioria permanece dormente e apenas 1000 começam a crescer, para todos os meses um deles atingir a maturidade e produzir um óvulo a cada ciclo menstrual. 
Não se sabe ao certo como estes folículos são selecionados para se desenvolverem, ou porque deixam de se desenvolver nas mulheres com insuficiência ovárica primordial.
Estudos anteriores indicaram que estas mulheres têm folículos primordiais e secundários muito pequenos e apesar de entrarem na menopausa cedo, antes dos 40, podem ser tratadas, explicou um dos autores do estudo, Aaron Hsueh, da Universidade de Stanford, nos EUA.
O líder do estudo Kazuhiro Kawamura da Universidade de St. Marianna, no Japão, acrescentou que para as pacientes com insuficiência ovárica primária, a única forma de terem um bebé é através da doação de óvulos. 
Contudo, estas pacientes estão ansiosas de encontrar uma forma de ficarem grávidas com os seus óvulos. 
Com este tipo de tratamento encontrado, os autores do estudo foram capazes de acordar alguns dos folículos primordiais e consequentemente estimular a produção de óvulos.
Para o estudo, os investigadores começaram por remover os ovários de 27 mulheres com insuficiência ovárica primária, tendo verificado que cerca de 13 das pacientes tinham folículos residuais. 
Os ovários foram fragmentados e tratados para induzir o crescimento de folículos e reimplantados perto dos tubos de Falópio. 
Em oito das pacientes os folículos cresceram e foram tratados com hormonas para estimular a ovulação. 
Cinco das participantes desenvolveram óvulos maduros, os quais foram colhidos e submetidos à fertilização in vitro
Uma das mulheres deu à luz um bebé saudável e outra encontra-se grávida.
Após o sucesso obtido com esta técnica, os investigadores estão já a planear novos estudos de forma a averiguar se a ativação in vitro pode também ajudar as mulheres com menopausa precoce causada pela quimioterapia ou radiação e mulheres com 40 a 45 anos que são inférteis.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

“Recessão económica e depressão no trabalho”

“Recessão económica 


e depressão no trabalho”


As empresas devem criar um bom ambiente de trabalho para diminuir os casos de depressão dos trabalhadores e isso passa pela “sensibilização dos empregadores”, defendeu a presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.
“A depressão no local de trabalho é um assunto que temos falado pouco”, mas é um problema com “um impacto muito grande” nos trabalhadores e empresários, disse Luísa Figueira à agência Lusa a propósito do encontro ‘Recessão económica e depressão no trabalho’, que decorre hoje, em Lisboa, e visa antecipar o Dia Europeu da Depressão.
“Dizemos que as condições negativas de trabalho, o desemprego e a crise económica provocam depressão, mas depois falamos pouco de como é que o local de trabalho se pode organizar para ajudar e criar um ambiente saudável para que as pessoas com depressão se recuperem mais rapidamente”, disse.
De acordo com dados de um inquérito realizado em 2012 pela Aliança Europeia de Depressão, e que envolveu cerca de 7.000 trabalhadores e empresários, a psiquiatra avançou que um em cada dez trabalhadores fica de baixa por depressão.
Por cada episódio de depressão, o trabalhador perde, em média, 36 dias de trabalho, o que equivale, no total dos doentes, a 21.000 dias de trabalho perdidos por ano, refere o estudo.
Um terço dos empregadores disse não ter recursos para lidar com os trabalhadores com depressão, o problema de saúde mental mais predominante na idade ativa.
Esta doença tem um grande impacto no local de trabalho levando a custos indiretos significativos, como a diminuição da produtividade, devido a baixas médicas e pedidos de reformas antecipadas.
Neste sentido, Luísa Figueira salientou a importância de um bom ambiente de trabalho para diminuir os casos de “pessoas que se deprimem porque as condições no trabalho não são saudáveis”.
A forma como se receciona uma pessoa que regressa ao trabalho após um episódio de depressão é também um fator importante. O que acontece é que, “muitas vezes, é estigmatizada, marginalizada e não é bem integrada”, lamentou.
“Tem de começar a criar-se alianças com os empresários no sentido de os sensibilizar para este problema”, mas também realizar campanhas de sensibilização, defendeu.

Falta de carinho na infância


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Estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”



Falta de carinho na infância 

aumenta múltiplos riscos de saúde


O efeito do abuso e da falta de afeto parental na infância pode perdurar toda a vida e ter impacto no risco de desenvolvimento de várias doenças na idade adulta, sugere um estudo publicado nos 
“Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Neste estudo os investigadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, decidiram, pela primeira vez, analisar os efeitos que o abuso e a falta de carinho tinham em todo o sistema regulador do organismo, tendo contando com a participação de 756 adultos. 
Foram medidos 18 marcadores biológicos de risco de saúde, tais como a pressão arterial, ritmo cardíaco, níveis da hormona de stress, colesterol, perímetro abdominal, inflamação e regulação dos níveis de açúcar no sangue. 
Os valores situados na gama superior destes marcadores foram considerados indicadores de um risco biológico aumentado de doença.
De forma a determinar o nível de stress a que os participantes tinham sido sujeitos a infância, os investigadores utilizaram uma escala de avaliação conhecida por Risky Families Questionnaire. Foi verificado que havia uma associação entre a existência de abusos na infância e o risco de saúde em vários sistemas. Estes riscos foram mais baixos para os participantes que tiveram um maior carinho e afeto na infância.
“Os resultados evidenciam a extensão com que as experiências vividas na infância estão associadas a um maior risco biológico envolvido em quase todos os principais sistemas reguladores do organismo. 
Se olharmos apenas para os parâmetros biológicos individuais, como a pressão arterial ou o colesterol, perderíamos o facto de as experiências vividas na infância estarem relacionadas com um vasto conjunto de indicadores de risco biológico”, referiu, em comunicado de imprensa, uma das autoras do estudo, Teresa Seeman.
De acordo com os investigadores, estes resultados sugerem que o carinho e afeto dos pais protegem contra os efeitos tóxicos do stress na infância. 
Adicionalmente, os efeitos prolongados de abuso na infância podem estar relacionados com doenças associadas à idade, nomeadamente a doença cardiovascular.
“Esperamos que estes resultados encorajem as políticas públicas a adotar intervenções precoces. Se for feita uma intervenção nas famílias de risco ou nas instituições que cuidam das crianças, através da formação dos pais e professores, na forma como proporcionar um ambiente carinhoso, talvez seja possível, a longo prazo, melhorar as trajetórias de saúde destas crianças”, acrescentou uma outra autora do estudo, Judith E. Carroll.

Sexualidade dos Portugueses...INQUÉRITO



Inquérito sobre 


a sexualidade 

dos portugueses 


apresentado em encontro científico

artigo SPSC b8993Oeiras vai receber o Encontro da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica no dia 5 de outubro. 

O evento vai acolher a apresentação do inquérito sobre a sexualidade dos portugueses 

"Comportamentos Sexuais e a infeção HIV/Sida" de Pedro Moura Ferreira (Instituto Ciências Sociais), Sofia Aboim (Instituto Ciências Sociais), e Duarte Vilar (Associação para o Planeamento da Família).

A Organização Mundial da Saúde considera a saúde sexual como uma componente fundamental da saúde geral dos indivíduos e é pela sua defesa e promoção que a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica (SPSC) se tem mobilizado desde a sua fundação em 1985. 

Neste sentido, a SPSC propôs aos autores do mais recente levantamento feito em Portugal sobre o comportamento sexual dos portugueses que apresentassem os resultados do inquérito.

A investigação incidiu no impacto que a infeção do HIV/Sida exerce nos comportamentos sexuais, mas também em aspetos sociais e culturais da sexualidade dos portugueses (práticas, representações, atitudes, identidades) relacionando a sexualidade e o bem-estar.

Alerta para o perigo de conduzir com sono





Campanha alerta 


para o perigo de conduzir com sono

artigo sono 119ee bb8de"Se conduzir não dê boleia ao sono" 

é o nome de uma campanha que pretende alertar para os perigos da sonolência ao volante, sobretudo os condutores profissionais. 

Arranca dia 3 de outubro no Porto, com a partida do Wake Up Bus.

 Este autocarro, após passar por Lisboa, vai percorrer a Europa com destino a Bruxelas, parando em 11 cidades dos 15 países que aderiram à iniciativa.

O projeto e a sua coordenação é da presidente da Associação Portuguesa de Sono (APS), psiquiatra e especialista em doenças do sono, Marta Gonçalves, em cooperação com a Sociedade Europeia do Sono (European Sleep Research Society).

No local da partida vai ser montada uma tenda com um simulador de capotamento, para todos os interessados experimentarem uma das consequências de adormecer ao volante. 

O simulador tem também como objetivo ajudar a preparar as pessoas para se "defenderem" de uma situação dessas. 
Em simultâneo vão decorrer rastreios para avaliar o grau de sonolência excessiva e o risco de sofrer de apneia do sono.

Na chegada a Lisboa, no mesmo dia, vão também decorrer rastreios na Praça do Rossio e distribuição de informação.