Insuficiência cardíaca:
Mais mortal que a maioria dos cancros
- 08-05-2014
Assinala-se, a 9 de maio, o Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca. Uma doença com grande prevalência na população portuguesa e com uma mortalidade mais elevada do que a maioria dos cancros.
Para alertar para esta realidade, que é também uma das causas mais frequentes de internamento hospitalar em Cardiologia, a cidade de Guimarães é palco de uma série de iniciativas com as quais se põe em marcha a luta contra a Insuficiência Cardíaca (IC).
A propósito do Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca (IC), o Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca, integrado na Sociedade Portuguesa de Cardiologia, vai promover uma aula de dança destinada a doentes com IC, a profissionais de saúde e à população em geral. Esta ação realiza-se pelas 17h00, no Largo da Oliveira, em Guimarães, sendo a participação livre e gratuita, sem necessidade de inscrição. Os interessados apenas deverão chegar meia hora antes para receberem os kits de participação.
O evento pretende enfatizar a importância de um estilo de vida saudável, com exercício físico moderado e alimentação equilibrada, no tratamento e prevenção da IC que afeta mais de 4% da população acima dos 25 anos de idade.
Fazendo parte do Grupo de Estudo da IC, a cardiologista do Centro Hospitalar do Alto Ave, Filipa Almeida, explica que este evento é uma oportunidade para promover o exercício físico, já que é esta uma boa forma de prevenir as doenças cardíacas como a IC: "O objetivo é chamar a atenção para a doença e que a população possa fazer exercício físico, melhorando a sua condição física, a capacidade de esforço e, assim, de resistência à insuficiência cardíaca. A taxa de mortalidade desta doença é muito elevada, quando não tratada estamos a falar, aos dois anos, na ordem dos 40% e aos cinco anos na ordem dos 80%."
Também na cidade de Lisboa, o exercício é a "arma" escolhida para combater a Insuficiência Cardíaca. No dia 11 de maio, a partir das 10h30, o Parque das Conchas recebe uma aula de dança e muito exercício físico com o objetivo de chamar a atenção esta patologia. Poderá, neste espaço, dançar e efetuar uma série de rastreios: hipertensão, fatores de risco como obesidade e tabagismo, entre outros. Tudo isto pela mão da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) que assim pretende chama a atenção para à importância da prevenção, ao diagnóstico precoce e à orientação atempada dos doentes.
Ainda muito ignorada pela população em geral, esta doença é "caracterizada pela falência da bomba do coração, da sua capacidade de bombear sangue para o resto do corpo. Dado o envelhecimento da população, a IC tem tendência a aumentar. Estima-se que a partir dos 80 anos, cerca de 50% da população venha a ter IC. É uma doença muito grave porque os doentes são incapazes de fazer um dia-a-dia normal pelos seus sintomas: cansaço, falta de ar ou inchaço das pernas. Podemos evitar a IC e a sua evolução controlando os seus fatores de risco, hipertensão arterial e diabetes são dois exemplos. Por isso um estilo de vida saudável é essencial", defende a cardiologista Filipa Almeida. Para prevenir este tipo de doenças o primeiro passo está em seguir uma alimentação regrada e pobre em gorduras e praticar exercício físico de forma regular, bastando uma boa caminhada diária, por exemplo.
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