terça-feira, 14 de maio de 2013

O QUE COMER NO ENVELHECER


O que comer no envelhecer

opiniao nutricia artigo 27272



Quem acredita no mito de que após 

uma certa idade é normal comer 

menos, que só a sopa e o pão com 

queijo são suficientes para garantir 

os nutrientes diários, engana-se!




A alimentação no envelhecimento deve basear-se nos 


princípios da Roda dos Alimentos, da mesma forma que 

a alimentação de um adulto. 

Deve fornecer os nutrientes necessários para o dia-a-dia, tais como as proteínas, os hidratos de carbono e os lípidos, sem esquecer as vitaminas e minerais. 
Os hidratos de carbono são o combustível energético mais utilizado pelo nosso organismo, e obtemo-los pela ingestão de pão e cereais, massa, arroz e batata.
 As proteínas são utilizadas na reparação e construção dos tecidos, e provêm da carne e peixe, ovos, leite e derivados.
 As vitaminas e minerais não fornecem energia mas são essenciais em pequenas quantidades para a manutenção da saúde.




Refeições fáceis de preparar e de confeccionar, assim como o exercício físico, são factores que potenciam uma alimentação adequada no envelhecimento. Por outro lado, devemos garantir que os nutrientes que ingerem são eficazmente digeridos e absorvidos, e isso é possível através da mastigação. 
Mastigar devagar é a regra de ouro, e se ao envelhecer deixamos de ter a dentição completa, devemos garantir uma correcta mastigação pela adequação da consistência dos alimentos a cada indivíduo. 
Os idosos com falta de dentição e/ou placa dentária toleram melhor alimentos moles e fáceis de mastigar, mas isso não significa que apenas comam sopa e papa!



Nunca é demais lembrar que a perda de peso só é aceitável nas dietas de emagrecimento e não apenas porque envelhecemos! 

A perda de peso não intencional, associada à diminuição da ingestão alimentar, é um indicador de risco nutricional. 

A malnutrição no idoso tem como consequências a diminuição da força muscular, da mobilidade, da autonomia e capacidade de auto-cuidado e o aumento do risco de quedas o que leva à diminuição da qualidade de vida e ao aumento dos custos globais de saúde.



Os profissionais de saúde não devem, por isso, promover o aconselhamento de dietas restritivas que levam ao desenvolvimento de malnutrição no idoso e por consequência ao aumento das complicações associadas e da mortalidade. 

Para casos em que o idoso não consegue atingir as suas necessidades nutricionais diárias somente com a alimentação habitual, a evidência científica suporta os benefícios da utilização de suplementos nutricionais orais de baixo volume e alto teor energético e proteico.

Em resumo, envelhecer não significa deixar de ouvir as seguintes recomendações: 


"Não fique mais 3 horas sem comer e não salte refeições, tome sempre o pequeno-almoço, beba pelo menos 8 copos de água por dia mesmo que não sinta sede, coma pelo menos 3 peças de fruta por dia e inicie sempre as refeições principais com um prato de sopa. Diminua a ingestão de sal pela substituição por ervas aromáticas e alimentos com alto teor de gordura e açúcar só nos dias de festa".



Para quem tem mais de 65 anos e quer continuar a viver a 100% não pode, por tudo isto, descurar que a alimentação é um bem tão essencial à vida como o ar e a água.

Célia Lopes, dietista, regulatory affairs Nutricia Advanced Medical Nutrition



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