segunda-feira, 30 de setembro de 2013

30% das crianças têm desordens motoras

30% das crianças têm desordens motoras

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Uma investigação realizada para perceber o efeito da preferência manual, do sexo e da idade na coordenação motora e na assimetria motora funcional indica que um quarto das crianças destras analisadas (25,3%) padece de desordens de coordenação do desenvolvimento (DCD) que se revela ainda mais entre as canhotas (36,1 por cento).

O estudo, realizado pela investigadora em motricidade humana Cidália Freitas, envolveu 319 crianças dos quatros aos 12 anos, em escolas da área metropolitana do Porto, conclui que é preocupante a percentagem de crianças que apresentam uma coordenação motora abaixo do esperado para a sua idade.


As crianças com DCD tendem a ser sedentárias e obesas, apresentam geralmente uma baixa autoestima e competência social, bem como ansiedade, depressão e problemas socio afetivos. 

Os resultados indicam também uma necessidade urgente de intervenção social e educativa no sentido de orientar os menores para o desenvolvimento das suas capacidades coordenativas. 

As conclusões demonstram ainda que as crianças destras têm melhor desempenho na destreza manual que os esquerdinas, mas menor simetria motora funcional. 

As crianças do sexo feminino têm mais destreza manual e os rapazes melhores desempenhos nas habilidades com bola.

O estudo evidencia também que as crianças destrímanas apresentam uma maior assimetria motora funcional, sendo esta assimetria mais acentuada nas idades mais avançadas. 

As destras revelam melhor desempenho com a sua mão preferida na destreza manual e nas habilidades com bola. 

Porém, as canhotas são mais eficientes com a sua mão não preferida na destreza manual. 

Já o desempenho motor é mais simétrico nas crianças esquerdinas, um facto justificado com a adaptação a um "mundo destro".

O estudo foi apresentado pela autora no âmbito do Science Café, debate mensal promovido por Guimarães Cidade Europeia do Desporto 2013.

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