- O NOSSO CORAÇÃO...
- 06-11-2013
O risco de desenvolver esta doença aumenta com a idade e calcula-se que, atualmente, mil em cada 100 mil pessoas acima dos 65 anos sofram desta patologia.
Todos os anos são diagnosticados mais de 600 mil casos de insuficiência cardíaca na Europa. Esta é um das principais causas de internamento hospitalar nos idosos.
Existem dois tipos de insuficiência cardíaca. Quando o músculo cardíaco não consegue bombear sangue adequadamente para fora do coração, estamos perante um caso de insuficiência cardíaca sistólica. Quando os músculos do coração ficam rígidos e não conseguem preencher-se de sangue facilmente, falamos de insuficiência cardíaca diastólica.
O controlo da pressão arterial consegue reduzir os riscos de ocorrência desta doença, que se associa a sintomas como a falta de ar, o cansaço inexplicado, o inchaço dos membros inferiores e o aumento do volume do abdómen.
Os sinais da doença são comuns a outras patologias e confundidos, muitas vezes, com a idade avançada do doente, o que torna o diagnóstico difícil.
Entre os fatores de risco da insuficiência cardíaca está a hereditariedade, a hipertensão arterial, episódios de enfarte do miocárdio, válvulas cardíacas anormais, cardiomiopatia e diabetes. O tabaco, a ingestão de álcool, o consumo de sal em excesso e o sedentarismo são fatores de risco a evitar. É importante que os doentes com insuficiência cardíaca adotem um estilo de vida saudável, introduzindo na dieta alimentos como frutas, vegetais, legumes, carnes brancas. A prática de exercício físico pode melhorar os sintomas, mas deve ser recomendada pelo cardiologista.
O alívio da insuficiência cardíaca passa pelo tratamento farmacológico e pelo controlo adequado destes fatores de risco. O acompanhamento médico é fundamental para manter a doença estável e controlada.
Carlos Morais, cardiologista e presidente da Associação Bate Bate Coração
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