A quantidade deve ser equilibrada e o
envolvimento dos pais pode ser um fator
estimulante adicional. Mas atenção: pais que se
envolvem demasiado com os estudos das
crianças acabam por estragar a relação com os
filhos.
Todos aqueles que têm um filho na escola não têm dúvidas: a escola não consegue ensinar tudo.
Por mais estimulante que seja um professor e tudo aquilo que ele ensina, por mais que consiga prender a atenção da turma, é difícil, se não mesmo impossível, que consiga corresponder às necessidades específicas de cada criança em particular.
Uma precisará que lhe expliquem outra vez algum conceito; outra, entendendo o conceito necessita de o colocar à prova numa situação imaginária específica; outra ainda, tendo ultrapassado as fases anteriores, necessita de aplicar o que aprendeu numa situação prática do dia-a-dia.
Os trabalhos de casa podem colmatar esta lacuna permitindo que a criança reveja, sedimente e aprofunde aquilo que aprendeu na aula no ambiente calmo e tranquilo de sua casa. Através destes trabalhos, a criança estimula a memória e a inteligência, cria hábitos de estudo, aprende a utilizar diferentes recursos, como livros, dicionários ou a internet, e a organizar de forma mais eficaz o seu tempo, o que estimula a sua independência e sentido de responsabilidade.
A quantidade é um aspeto importante
Obviamente, a quantidade de trabalhos a realizar deverá ser equilibrada, pois a todos os aspetos anteriores juntam-se outras prioridades da vida familiar e a criança deverá continuar a ter tempo para as suas atividades extraescolares (desporto ou música, por exemplo), para brincar e para desfrutar da companhia dos seus pais e irmãos.
É aceitável que no 1º e 2º ano do ensino básico o tempo dedicado em casa aos trabalhos escolares possa variar entre 15 e 30 minutos e que no 3º e 4º ano possa estender-se até uma hora por dia.
Mas a criança não precisa de levar trabalhos para casa todos os dias e é sempre de privilegiar a sexta-feira pois durante o fim de semana os pais terão maior disponibilidade para acompanhar a criança nas suas tarefas.
Para pais com vidas complicadas, e com pouco tempo para acompanhar os seus filhos, pode ser necessário conversar com a educadora ou diretora de turma por forma a que a quantidade dos trabalhos e os dias em que surgem estejam adequados à realidade familiar sempre que possível.
O papel dos pais
O envolvimento dos pais pode ser um fator estimulante adicional para a criança pois são estes que ela pretende agradar em primeiro lugar. Pais cooperantes e atentos contribuem para um maior sucesso escolar.
Muitos estudos já demonstraram que as crianças que apresentam um melhor desempenho escolar são aquelas que têm um apoio constante e regular por parte da sua família.
Um aspeto muito importante é os pais consciencializarem-se que, antes de tudo, são pai e mãe, e não professores.
Pais que se envolvem demasiado com os estudos das crianças acabam por estragar a relação com os filhos, pois transportam para aquela o stresse do cansaço, da impaciência, da falta de interesse, da pouca aplicação ou da incompreensão pelos resultados abaixo do desejado.
Com o tempo, as crianças começam a confundir a mãe ou o pai com o professor e a relação que devia privilegiar a harmonia e a diversão torna-se em tudo menos isso.
Outro aspeto fundamental é os pais perceberem que os trabalhos de casa são para ser feitos pela criança e não por eles.
O seu papel é estarem por perto para poderem esclarecer qualquer dúvida.
Este estar por perto pode ser na mesma divisão da casa ou simplesmente estar em casa com disponibilidade para qualquer eventualidade.
O grau de ajuda que cada criança necessita é muito variável e depende da sua idade, grau de maturidade, nível de independência e resultados escolares. Cada criança é uma criança e a ajuda deve ser adequada a cada uma.
Pais que têm vários filhos sabem isto melhor que ninguém.
É igualmente importante que os pais se mostrem interessados pelos trabalhos de casa, perguntando à criança o que ela trouxe para fazer nesse dia, se prevê alguma dificuldade e qual o seu entusiasmo sobre aquele assunto em particular.
Sempre que possível, os conceitos aprendidos pela criança devem ser exemplificados em situações práticas do dia a dia, como medir a área da sala de jantar ou determinar o perímetro da cozinha.
No fim dos trabalhos ou do tempo de estudo, o pai ou a mãe devem passar uma vista de olhos rápida pelo trabalho realizado apenas com o objetivo de identificar alguma dificuldade mais evidente ou corrigir aspetos de forma, como a caligrafia.
Os pais não se devem envolver demasiado, pois dessa forma não estão a contribuir para que a criança se torne independente e responsável. Estes aspetos podem ser discutidos com o professor da criança.
É muito importante para a criança a aprovação dos pais, pelo que um elogio cai sempre bem. Mas um reparo pode ser, quando necessário e se for feito de forma construtiva, igualmente importante.
No sentido oposto, há que estar atento ao desânimo ou frustração por um trabalho menos conseguido ou por alguma dificuldade inesperada. Nestas alturas o apoio e encorajamento dado pelos pais são fundamentais para ajudar a ultrapassar a situação.
O ambiente de estudo em casa
Os pais devem proporcionar à criança um ambiente propício para o estudo em casa. O local de estudo deve ser sossegado e bem iluminado.
É importante eliminar as distrações como barulho, som da televisão ou brinquedos.
Não é obrigatório que a criança estude no quarto. Pode ser na sala ou na mesa da cozinha, desde que o ambiente seja adequado.
A hora de estudo deve ser uma rotina.
A criança deve saber que tem de fazer os seus trabalhos de casa assim que chega da escola ou, pelo contrário, após alguma brincadeira e antes do jantar.
Noutros casos, os trabalhos podem ser realizados após o jantar.
O importante é que os trabalhos sejam uma rotina e não sejam deixados para imediatamente antes da criança ir dormir, como se fossem a coisa menos importante do dia e numa altura em que ela já está cansada.
Em cada família, de acordo com as suas especificidades e de acordo com as caraterísticas de cada criança, o momento ideal para o estudo deve ser encontrado.O tempo de estudo pode ser variável.
Para algumas crianças pode ser suficiente realizar os trabalhos propostos pelo professor, independentemente do tempo que isso demorar. Para outras, pode ser definido um tempo de estudo fixo, adequado à sua idade, que será ocupado com os trabalhos de casa e, se algum tempo sobrar, com a leitura de um livro, por exemplo.
A criança deve ter à sua disposição o material de que necessita para a realização dos seus trabalhos, sejam livros escolares, um dicionário, ou mesmo papel, caneta, lápis, borracha e afia.
É importante que tudo seja preparado antes do início do estudo para que não ocorram depois interrupções constantes por falta de material.
Nos primeiros anos do ensino básico pode ser útil a existência de um quadro de ardósia no quarto da criança.
Em muitas famílias, são várias as crianças que têm de partilhar o mesmo espaço para estudar.
Os pais têm um papel fundamental ao incutirem nos seus filhos o respeito pelos outros, para que todos possam realizar as suas tarefas num ambiente tranquilo.
Por mais estimulante que seja um professor e tudo aquilo que ele ensina, por mais que consiga prender a atenção da turma, é difícil, se não mesmo impossível, que consiga corresponder às necessidades específicas de cada criança em particular.
Uma precisará que lhe expliquem outra vez algum conceito; outra, entendendo o conceito necessita de o colocar à prova numa situação imaginária específica; outra ainda, tendo ultrapassado as fases anteriores, necessita de aplicar o que aprendeu numa situação prática do dia-a-dia.
Os trabalhos de casa podem colmatar esta lacuna permitindo que a criança reveja, sedimente e aprofunde aquilo que aprendeu na aula no ambiente calmo e tranquilo de sua casa. Através destes trabalhos, a criança estimula a memória e a inteligência, cria hábitos de estudo, aprende a utilizar diferentes recursos, como livros, dicionários ou a internet, e a organizar de forma mais eficaz o seu tempo, o que estimula a sua independência e sentido de responsabilidade.
A quantidade é um aspeto importante
Obviamente, a quantidade de trabalhos a realizar deverá ser equilibrada, pois a todos os aspetos anteriores juntam-se outras prioridades da vida familiar e a criança deverá continuar a ter tempo para as suas atividades extraescolares (desporto ou música, por exemplo), para brincar e para desfrutar da companhia dos seus pais e irmãos.
É aceitável que no 1º e 2º ano do ensino básico o tempo dedicado em casa aos trabalhos escolares possa variar entre 15 e 30 minutos e que no 3º e 4º ano possa estender-se até uma hora por dia.
Mas a criança não precisa de levar trabalhos para casa todos os dias e é sempre de privilegiar a sexta-feira pois durante o fim de semana os pais terão maior disponibilidade para acompanhar a criança nas suas tarefas.
Para pais com vidas complicadas, e com pouco tempo para acompanhar os seus filhos, pode ser necessário conversar com a educadora ou diretora de turma por forma a que a quantidade dos trabalhos e os dias em que surgem estejam adequados à realidade familiar sempre que possível.
O papel dos pais
O envolvimento dos pais pode ser um fator estimulante adicional para a criança pois são estes que ela pretende agradar em primeiro lugar. Pais cooperantes e atentos contribuem para um maior sucesso escolar.
Muitos estudos já demonstraram que as crianças que apresentam um melhor desempenho escolar são aquelas que têm um apoio constante e regular por parte da sua família.
Um aspeto muito importante é os pais consciencializarem-se que, antes de tudo, são pai e mãe, e não professores.
Pais que se envolvem demasiado com os estudos das crianças acabam por estragar a relação com os filhos, pois transportam para aquela o stresse do cansaço, da impaciência, da falta de interesse, da pouca aplicação ou da incompreensão pelos resultados abaixo do desejado.
Com o tempo, as crianças começam a confundir a mãe ou o pai com o professor e a relação que devia privilegiar a harmonia e a diversão torna-se em tudo menos isso.
Outro aspeto fundamental é os pais perceberem que os trabalhos de casa são para ser feitos pela criança e não por eles.
O seu papel é estarem por perto para poderem esclarecer qualquer dúvida.
Este estar por perto pode ser na mesma divisão da casa ou simplesmente estar em casa com disponibilidade para qualquer eventualidade.
O grau de ajuda que cada criança necessita é muito variável e depende da sua idade, grau de maturidade, nível de independência e resultados escolares. Cada criança é uma criança e a ajuda deve ser adequada a cada uma.
Pais que têm vários filhos sabem isto melhor que ninguém.
É igualmente importante que os pais se mostrem interessados pelos trabalhos de casa, perguntando à criança o que ela trouxe para fazer nesse dia, se prevê alguma dificuldade e qual o seu entusiasmo sobre aquele assunto em particular.
Sempre que possível, os conceitos aprendidos pela criança devem ser exemplificados em situações práticas do dia a dia, como medir a área da sala de jantar ou determinar o perímetro da cozinha.
No fim dos trabalhos ou do tempo de estudo, o pai ou a mãe devem passar uma vista de olhos rápida pelo trabalho realizado apenas com o objetivo de identificar alguma dificuldade mais evidente ou corrigir aspetos de forma, como a caligrafia.
Os pais não se devem envolver demasiado, pois dessa forma não estão a contribuir para que a criança se torne independente e responsável. Estes aspetos podem ser discutidos com o professor da criança.
É muito importante para a criança a aprovação dos pais, pelo que um elogio cai sempre bem. Mas um reparo pode ser, quando necessário e se for feito de forma construtiva, igualmente importante.
No sentido oposto, há que estar atento ao desânimo ou frustração por um trabalho menos conseguido ou por alguma dificuldade inesperada. Nestas alturas o apoio e encorajamento dado pelos pais são fundamentais para ajudar a ultrapassar a situação.
O ambiente de estudo em casa
Os pais devem proporcionar à criança um ambiente propício para o estudo em casa. O local de estudo deve ser sossegado e bem iluminado.
É importante eliminar as distrações como barulho, som da televisão ou brinquedos.
Não é obrigatório que a criança estude no quarto. Pode ser na sala ou na mesa da cozinha, desde que o ambiente seja adequado.
A hora de estudo deve ser uma rotina.
A criança deve saber que tem de fazer os seus trabalhos de casa assim que chega da escola ou, pelo contrário, após alguma brincadeira e antes do jantar.
Noutros casos, os trabalhos podem ser realizados após o jantar.
O importante é que os trabalhos sejam uma rotina e não sejam deixados para imediatamente antes da criança ir dormir, como se fossem a coisa menos importante do dia e numa altura em que ela já está cansada.
Em cada família, de acordo com as suas especificidades e de acordo com as caraterísticas de cada criança, o momento ideal para o estudo deve ser encontrado.O tempo de estudo pode ser variável.
Para algumas crianças pode ser suficiente realizar os trabalhos propostos pelo professor, independentemente do tempo que isso demorar. Para outras, pode ser definido um tempo de estudo fixo, adequado à sua idade, que será ocupado com os trabalhos de casa e, se algum tempo sobrar, com a leitura de um livro, por exemplo.
A criança deve ter à sua disposição o material de que necessita para a realização dos seus trabalhos, sejam livros escolares, um dicionário, ou mesmo papel, caneta, lápis, borracha e afia.
É importante que tudo seja preparado antes do início do estudo para que não ocorram depois interrupções constantes por falta de material.
Nos primeiros anos do ensino básico pode ser útil a existência de um quadro de ardósia no quarto da criança.
Em muitas famílias, são várias as crianças que têm de partilhar o mesmo espaço para estudar.
Os pais têm um papel fundamental ao incutirem nos seus filhos o respeito pelos outros, para que todos possam realizar as suas tarefas num ambiente tranquilo.
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