quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sexualidade no HOMEM

Sexualidade do homem


A puberdade masculina é um período que se caracteriza fundamentalmente pelo aumento da testosterona produzida pelo testículo. 
Há um desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários com o aumento do volume testicular e o crescimento do pénis e do pêlo púbico, um aumento da massa muscular, a modificação do timbre da voz.
Nesta fase, existe um aumento da líbido, surge a espermarca, ou seja, a expulsão de esperma. 
Todo este conjunto de alterações vai ter naturalmente uma repercussão na sexualidade que "explode" nesta fase da vida.

Se a puberdade não sucede na idade habitual nos homens (normalmente antes dos 14 anos), devemos verificar se se trata apenas de um atraso pubertário ou de um hipogonadismo definitivo. 
O diagnóstico é fundamental para definir a terapêutica adequada com o intuito de evitar as repercussões não só orgânicas mas também psicológicas.

Em relação à andropausa, uma das dificuldades encontradas relativamente à andropausa é logo a falta de consenso quanto à sua definição. Por outro lado, enquanto na mulher a menopausa cursa com uma diminuição brusca dos níveis de estrogénios, no homem há apenas uma diminuição ligeira e gradual da testosterona.

 Continuam por determinar quais os valores normais de testosterona na idade avançada. Relativamente à clínica, as próprias alterações fisiológicas da idade podem ser confundidas com os sintomas ditos da andropausa. 
Quando os níveis de testosterona são francamente baixos (< 200 mg/dL), aí, existem menos dúvida, considera-se uma valor diagnóstico de andropausa e cursa, habitualmente, com alteração na sexualidade, diminuição da líbido, da energia, da capacidade ejaculatória e, muitas vezes, disfunção sexual eréctil. 

Estas situações interferem naturalmente no relacionamento amoroso não apenas pela afeção orgânica mas também pela dimensão psicológica.

No que diz respeito às disfunções sexuais masculinas, a ejaculação precoce é uma das mais frequentes e pode afetar muito negativamente a vida sexual do casal. 
Apesar das implicações, ainda é difícil para muitos doentes abordar esta patologia. O desconhecimento da possibilidade de tratamento pode ser uma das causas desta dificuldade em pedir ajuda médica. 

Existem várias alternativas terapêuticas como a abordagem psicológica com terapêuticas comportamentais, a utilização de preservativos com benzocaína, fármacos anestésicos tópicos ou os inibidores da recaptação de serotonina. Atualmente, já está disponível o primeiro fármaco específico para a ejaculação precoce, a dapoxetina.

Quanto à disfunção sexual erétil, sabemos que existem múltiplos fatores que podem contribuir para o seu aparecimento. 
A primeira abordagem consistirá em identificar as eventuais causas e se possível tratar ou corrigir. 
Evitar hábitos nocivos como álcool, tabaco, alimentação desequilibrada, assim como substituir, se possível, fármacos como alguns antidepressivos ou antihipertensores podem ser medidas importantes. 
Em relação à terapêutica médica os inibidores da 5 fosfodiesterase constituem a primeira linha de tratamento. 

Estão contraindicados em homens que utilizam nitratos e alguns antagonistas alfa adrenérgicos. Como segunda linha terapêutica temos outras alternativas como o alprostadil intracavernoso ou intrauretral e ainda as bombas de vácuo. As próteses penianas representam a última alternativa.

Por José Maria Aragüés, Serviço de Endocrinologia do HSM, CHLN, EPE

Artigo original publicado no Jornal do Congresso do Curso de Pós-graduação Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo

Corpo em forma, este verão!

Corpo em forma, este verão!

Corpo em forma, este verão!O verão está a aproximar-se e a preocupação com a linha começa a ser cada vez maior. 

Uma sensação de inchaço, uma gordurinha a mais, a celulite que começa a querer aparecer... Não há mulher que nunca se tenha preocupado com estes aspetos. 
Os cuidados com a alimentação e com o físico começam a ganhar terreno. 

Não entre em dietas "loucas" e radicais, não deixe de comer pois não é esse o caminho.

Saudável é reduzir os alimentos fritos, os açúcares, as bebidas gaseificadas, e ter uma dieta mais variada, seguindo o que é recomendado na famosa Roda dos Alimentos. Corte nos bolos ao lanche e à sobremesa, prefira grelhados a fritos, privilegie as frutas e os legumes.

O exercício físico também é importante para um estilo de vida saudável e ajuda a manter a linha. Consegue andar a pé 30 minutos por dia? É o ideal, recomendado pelos médicos. E agora, como os dias já estão mais longos, pode perfeitamente fazer uma caminhada ao final da tarde. Pode também complementar a sua dieta com um suplemento alimentar que ajude a captar as gorduras ingeridas ou a reduzir o apetite.



9 sugestões para comer melhor

Evite petiscar ou coma algo saudável como uma peça de fruta ou um iogurte magro (0% gordura)

› Beba muita água, chá verde ou infusão de ervas (sem açúcar). Recomenda-se que beba pelo menos seis grandes copos de água por dia, equivalentes a 1,5 litros

› Planeie as suas refeições, para evitar escolher soluções de última hora que por certo serão ricas em gordura e calorias

› Não salte refeições e opte por uma refeição ligeira ao final do dia, tal como frango grelhado, salada com molho vinagrete light

› Espere até sentir fome, o que por vezes requer um pouco de paciência

› Sente-se para comer e coma devagar, não tenha medo de ser o último a acabar!

› Comece a anotar a sua dieta num diário/bloco de notas, anote tudo o que come e quando come. Em breve conseguirá superar as suas fraquezas

› Nunca faça compras com o estômago vazio para evitar comprar alimentos desnecessários e hipercalóricos

› Esqueça a comida pronta e gaste mais tempo na preparação das suas próprias refeições


Texto original publicado em Cuidar.pt maio 2014

As infeções urinárias

Bexiga em perigo? É favor beber muita água

Bexiga em perigo? É favor beber muita água

Tem uma constante vontade de ir à casa de banho, sente ardor ao urinar e um grande incómodo na bexiga, que parece pesada? 

Então é provável que esteja com uma infeção urinária, que é a segunda infeção mais frequente do corpo humano, afetando especialmente as mulheres.



O nosso corpo e o seu sistema imunitário são diariamente atacados por diferentes fontes de infeção. E se houver uma forma de entrar e vencer as barreiras do nosso organismo, há risco de ficarmos doentes.

As infeções urinárias ocorrem quando bactérias ou outros microrganismos (como fungos, vírus ou parasitas) entram no aparelho urinário, na maioria das vezes pela uretra, e começam a multiplicar-se na bexiga.

 Se a infeção não for tratada, pode progredir ao longo dos ureteres e infetar os rins, evoluindo para infeções muito graves.

A infeção mais comum é a cistite, o nome da infeção da bexiga, que é causada em cerca de 75% dos casos pela Escherichia coli (conhecida como "colibacilo"), sendo esta bactéria encontrada habitualmente no cólon (intestino grosso). Outros microrganismos como Clamídia e Micoplasma também podem causar infeção do aparelho urinário, mas limitam-se geralmente à uretra e vagina, podendo ser sexualmente transmitidos, o que obriga ao tratamento de ambos os parceiros.



Como surgem as infeções urinárias?

Apesar do aparelho urinário ter as suas defesas contra os microrganismos, estas por vezes falham e são várias causas que favorecem o aparecimento de uma infeção urinária, nomeadamente a própria anatomia feminina. 
As mulheres são as mais afetadas pela cistite porque o ânus fica muito próximo da uretra, canal por onde sai a urina. 

A região vizinha do ânus (região perianal) está geralmente contaminada pelas bactérias intestinais, que serão em maior concentração quanto mais obstipada for a pessoa (quanto mais dificuldade tiver em evacuar). 
Estas bactérias (que não provocam qualquer perturbação no intestino pois, ao contrário da bexiga, é um órgão adaptado à sua presença), migram através da vulva (entrada da vagina) e do pequeno orifício onde termina a uretra (meatouretral) e ao alcançarem a bexiga podem iniciar a sua multiplicação e causar uma infeção.
Sinais que não deve ignorar

Está com uma infeção urinária, se tiver os seguintes sintomas, de acordo com o tipo de infeção:

Uretrite: infeção da uretra
> Sensação de ardor durante o ato de urinar (micção)

Cistite: infeção da bexiga
> Ardor na micção
> Frequência aumentada
> Vontade forte e permanente para urinar
> Urina com aspeto turvo e mau cheiro
> Urina rosada ou acastanhada, sugestiva da presença de sangue
> Dor ou sensação de peso na região inferior do abdómen

Pielonefrite: infeção dos rins
> Febre alta (≥39ºC)
> Dor lombar
> Calafrios
> Náuseas ou vómitos



Tratar é urgente

Quando tratada de imediato a infeção urinária pode ser resolvida sem complicações. Deve por isso aconselhar-se com o seu farmacêutico e recorrer a uma consulta médica.

A falta de tratamento conveniente, especialmente no caso de infeção dos rins (chamada pielonefrite), pode levar à progressão da doença com formação de abcessos, cálculos urinários, insuficiência renal (situação grave de funcionamento deficiente do rim) ou infeção generalizada do organismo, que põe em risco a vida (designada urosépsis). 


As infeções urinárias tratam-se com antibióticos, que são medicamentos que atuam sobre as bactérias, e que só podem ser administrados com prescrição médica.



Bexiga livre de infeções

>Beba muita água diariamente.
>Evite alimentos com açúcar (as bactérias alimentam-se de açúcar).
>Evite utilizar roupa interior e vestuário sintético, calças apertadas, jeans justos, collants, leggings e meia-calça.
>Urine sempre que sentir vontade.
>Limpe-se de frente para trás para evitar que as bactérias entrem na uretra.
>Tome duches em vez de banhos de imersão, evitando também banheiras e jacuzzis.
>Limpe a área genital antes e depois de ter relações sexuais.
>Urine sempre depois de ter relações sexuais.
>Evite a utilização de sprays de higiene feminina, que podem irritar a uretra.

Texto original publicado na Farmácia Saúde maio 2014